quarta-feira, 8 de julho de 2009

O etanol não é um combustível tão verde quanto se pensa

Ao contrário do que se pensa, o álcool de cana não é tão verde assim. Sua produção gera um resíduo que polui o meio ambiente, cujo descarte representa um alto custo para a indústria.

O etanol é produzido a partir do açúcar presente no caldo e no melaço da cana por meio da ação de fungos microscópicos (leveduras) em um processo chamado fermentação, que também gera uma mistura de água e matéria orgânica, denominada vinhaça (ou vinhoto). Rica em potássio, a vinhaça geralmente é usada como adubo, especialmente nos canaviais.

No entanto há um limite de aplicação da vinhaça como adubo estabelecido pela legislação ambiental, uma vez que ela pode contaminar rios e lençóis freáticos pelo excesso de potássio e matéria orgânica que possui.

De acordo com a revista Ciência hoje, pesquisadores da USP desenvolveram uma nova técnica de produção do álcool, que reduz pela metade a produção desse resíduo. Neessa nova técnica a concentração do caldo de cana a ser fermentado foi duplicada e a temperatura do processo reduzida de 33 para 27ºC. Com isso, a indústria economiza no processo produtivo, no estoque e descarte do resíduo, além de contribuir para o meio ambiente.


Para saber mais: http://cienciahoje.uol.com.br/147455

sábado, 4 de julho de 2009

Protocolo de Kioto

Uma das mais candentes questões acerca do aquecimento global é: quem pagará a conta dos esforços necessários para atenuar a mudança climática sobre o planeta e os seres vivos. Por isso, 1.000 representantes de 190 países se reuniram no início de abril de 2008 em Bangcoc, na Tailândia, e o farão outras vezes durante o ano: eles discutem a divisão de responsabilidades para reduzir a geração de poluição e "salvar o planeta". As novas leis ambientais deverão estar prontas até 2009, para, em 2013, substituírem o Protocolo de Kyoto - que, atualmente, estabelece a divisão de tarefas somente entre os países desenvolvidos. O que está em jogo, além do bem-estar mundial, é o impacto que as medidas podem trazer à economia de todos os países, até mesmo no Brasil. Entenda o que é o Protocolo de Kioto e as linhas gerais do tratado que deve substituí-lo.
1. O que é o Protocolo de Kioto?2. Há metas específicas para países em desenvolvimento, como o Brasil? 3. Que medidas o protocolo prevê para a redução das emissões? 4. Como funciona o mercado de créditos de carbono? 5. Por que os EUA não assinaram o protocolo?6. Outras nações industrializadas se negaram a assinar o protocolo?7. Quando o novo protocolo será definido?8. Quem está na dianteira das negociações?9. Quais devem ser as principais resoluções do novo acordo?10. Qual a opinião dos especialistas sobre o protocolos de Kioto e o seu sucessor?

Fonte:http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/protocolo_kioto/index.shtml

70 questões para entender o etanol

O barril de petróleo bateu em 109 dólares na semana passada. O consumo mundial chegou a 1 000 barris por segundo. A combinação desses dois números é o melhor indicador de que a busca por combustíveis alternativos deixou de ser uma atividade pitoresca para se elevar ao centro das atenções das empresas, dos governos e das instituições internacionais. Entre todos os combustíveis alternativos, o mais viável atualmente, do ponto de vista econômico e ambiental, é o etanol. Entre todos os tipos de etanol, o de cana-de-açúcar é o que tem maiores chances de participar substancialmente da matriz energética planetária. Entre todos os países produtores de etanol, o Brasil é aquele que apresenta as melhores condições geográficas, climáticas, culturais, econômicas e tecnológicas para liderar a produção do etanol, nome pelo qual é mais chamado hoje no planeta o álcool combustível, velho conhecido dos brasileiros desde a iniciativa pioneira dos anos 70, desencadeada pela primeira crise do petróleo.
Desde seu ressurgimento meteórico no cenário mundial, o álcool/etanol tornou-se alvo de todo tipo de especulação, sendo motivo de projeções nacionalistas gloriosas. Foi motivo também de outro tipo de especulação, muito mais pessimista: para manter a frota global de carros rodando, o planeta seria obrigado a abandonar o cultivo de alimentos para plantar cana-de-açúcar e produzir etanol. Para colocar a questão do etanol na perspectiva correta, VEJA organizou o questionário das páginas seguintes. São setenta perguntas e respostas que cobrem todas as principais questões levantadas pela entrada do etanol no foco dos holofotes. Nessa tarefa, VEJA valeu-se de inúmeras fontes e teve o privilégio de contar com a dedicação especial de um dos maiores especialistas no assunto, Luiz Augusto Horta Nogueira, engenheiro mecânico e doutor pela Universidade Estadual de Campinas. Nogueira é pioneiro nos estudos que levaram à criação da área de biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo, da qual foi diretor de 1998 a 2004. Hoje é professor titular do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá e consultor para bioenergias de diversos órgãos internacionais, entre eles o Banco Mundial e a FAO, a divisão de agricultura e alimentação das Nações Unidas.

http://veja.abril.com.br/190308/p_104.shtml

Biocombustíveis e alimentos


Em meio aos esforços do governo e de empresários brasileiros para promover o etanol combustível e minimizar as resistências ao produto na Europa, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) fizeram duras críticas ao uso em larga escala dos biocombustíveis como alternativa às fontes de energia fósseis. Isso porque o etanol é relacionado por seus críticos ao aumento nos preços mundiais de alimentos. A suspeita já fez com que o mercado europeu se fechasse um pouco mais contra o combustível verde. O etanol americano, produzido com milho, seria um dos responsáveis pela alta dos preços dos alimentos no mundo nos últimos meses. O etanol brasileiro também pode ser apontado como um dos culpados? Entenda os argumentos de quem é contra e a favor do etanol - e também de que forma sua produção teria influência na inflação dos alimentos.
1. A produção de etanol pode prejudicar a produção de alimentos no mundo? 2. Se isso acontecer, quais serão os efeitos? 3. De que forma o etanol estaria ligado à inflação nos preços dos alimentos? 4. Com base em quais argumentos a ONU tem criticado a produção do etanol? 5. O que dizem os países europeus sobre essa questão?6. O que dizem as ONGs que criticam o uso dos biocombustíveis?7. Quais são os principais países produtores de etanol?8. Por que o etanol brasileiro tem mais vantagens do que o americano?9. Qual é o limite máximo da produção para não prejudicar as outras culturas?10. Na América Latina, quais países já se manifestaram contra o etanol?11. De que forma o governo brasileiro tem contra-atacado os críticos do etanol?12. Por que não se pode culpar somente os biocombustíveis pela dos preços dos alimentos?
1. http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/biocombustiveis_alimentos/index.shtml