quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uso de diurético para emagrecer pode levar a parada cardíaca


Medicamento é usado de forma indevida para acelerar o processo de emagrecimento

31/10/2011 - 19h53 - Atualizado em 31/10/2011 - 19h53

Cantor Luciano foi internado na última quinta com queda de potássio no sangue



Você faz dieta, mas não emagrece. Então, começa a culpar a retenção de líquidos e recorre a diuréticos para tentar solucionar o problema. Cuidado. Assim como o cantor Luciano, da dupla Zezé di Camargo e Luciano, internado na última quinta-feira em uma UTI, você corre risco de ter uma parada cardíaca.

Luciano teve uma queda do nível de potássio no sangue, conhecida como hipocalemia aguda que, segundo o médico do cantor, foi causada pelo uso excessivo de diuréticos para controlar o inchaço nos braços e nas pernas.

De acordo com o endocrinologista Flávio Rosalém, esse tipo de medicamento é utilizado de forma indevida para o emagrecimento. "Todo programa de redução de peso deve ter o objetivo de reduzir o percentual de gordura corporal. O diurético só vai diminuir a quantidade de água no organismo. Ele não tem nenhuma ação sobre a gordura corporal".

O médico explica que esses remédios só devem ser utilizados em casos específicos de retenção de líquido e inchaço, provocado por doenças cardíacas e renais, ou para o controle de pressão arterial, sempre com indicação precisa de um especialista.

Caso contrário, podem ocorrer problemas sérios de saúde como o de Luciano. "Uma das consequências é um distúrbio hidroeletrolítico, que pode causar desidratação e até alteração nas dosagens de eletrólitos como potássio, sódio e magnésio", explica Flávio Rosalém.

A falta de potássio - como no caso de Luciano - pode gerar desde cãibras e cansaço muscular até alterações do ritmo do coração, que pode levar a consequências muito mais sérias, como uma parada cardíaca.

Laxantes causam dependência

Além dos medicamentos para diminuir a retenção de líquidos, o médico do cantor Luciano afirmou que ele também faz uso regular de laxantes. Esses remédios, por provocarem a evacuação, também são usados por quem quer emagrecer, mas sua eficácia não é comprovada para essa finalidade.

Assim como os diuréticos, os laxantes, em excesso, fazem mal. "Se forem utilizados de forma abusiva, eles podem deixar o intestino preguiçoso, e causar dependência. Em casos mais sérios, o paciente pode desenvolver uma colite, ou a síndrome do intestino irritável", diz o médico.

Flávio Rosalém sugere, ainda, que as pessoas que utilizam laxantes há muito tempo façam uma retirada progressiva dos remédios, para que o intestino volte a funcionar normalmente.

Os efeitos

DIURÉTICOS

Tontura
Principalmente nos idosos, os diuréticos podem causar tontura e fraqueza

Cãibras
Os baixos níveis de potássio no sangue, causados pelo uso excessivo de diuréticos, podem causar cãibras

Desidratação
A eliminação exagerada de líquidos é a responsável pela desidratação, que se manifesta com ressecamento excessivo da boca e da pele, urina escura e constipação

Arritmia cardíaca
A falta de potássio também provoca alterações no coração, que podem até levar a uma parada cardíaca

Confusão mental
Em casos mais graves, os baixos níveis de potássio causam confusão mental e diminuição dos reflexos do corpo

Ácido úrico
O efeito do diurético aumenta as taxas de ácido úrico, já que há uma diminuição da excreção urinária dele, devido ao uso dos medicamentos

Cansaço
A queda dos níveis de potássio também causa cansaço e alterações musculares

LAXANTES

Alterações
O uso abusivo de laxantes causa alterações no trato intestinal, o que pode agravar a constipação

Intestino irritado
As paredes do intestino ficam irritadas depois de muito tempo usando os medicamentos

Colite

Outra consequência é a colite - inflamação intestinal

Dependência
Os laxantes, se forem usados constantemente, deixam o organismo dependente dos medicamentos


POTÁSSIO

 Mineral que funciona como um eletrólito para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluidos no organismo. O potássio está envolvido no balanço e distribuição de água corporal, no equilíbrio osmótico, no equilíbrio ácido-base e na regulação da atividade neuromuscular e ainda no crescimento celular.

A falta de potássio causa distúrbios neuromusculares (cãibras, paralisias), aumento da pressão arterial. Pode levar a riscos de derrame, pois esse mineral também é necessário como regulador dos movimentos dos músculos e das batidas do coração.

Sintomas de deficiência de potássio incluem fraqueza muscular, desorientação e fadiga. As principais fontes são alimentos frescos como: carne (aves e peixes), leite, frutas, legumes, bananas, damasco, batatas e alimentos de grãos integrais.



Comer bananas é uma forma eficaz de reposição do potássio

http://www.brasilescola.com/quimica/potassio.htm


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Combustão do etanol (atividade p/ a EJA


Reações Químicas   - 

Atividade referente a p. 51 do Peruzzo & Canto, Editora moderna, 4a. Ed. 2010



1.    Pesquise no dicionário o significado da palavra “combustão".



2.    O que é necessário para que ocorra a combustão do etanol?

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3.    Quais são as substâncias formadas durante a transformação que ocorre entre o etanol e o oxigênio?

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4.    Faça a equação da combustão do etanol e escreva o seu significado em palavras.

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5.    Como os químicos identificam que de fato ocorreu uma reação química?

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MINÉRIOS

Os minerais são sólidos de composição definida e são geralmente formados por um composto químico. O granito, por exemplo, é uma rocha formada por três minerais: quartzo, feldspato e mica. A mica branca é um mineral que permite boa clivagem e é usada como isolante elétrico. A mica preta é comum nos granitos.

Os minerais que permitem um bom aproveitamento econômico recebem o nome particular de minérios. (Lembo, p. 200)

O minério é formado da substância útil (da qual se extrai o elemento) e da ganga (o resto da mistura).


Minério industial
Substância útil
Elemento
Produto
Bauxita
A2O3
A
Alumínio
Calcário
CaCO3
Ca
Cimento, cal
Calcopirita
CuS.FeS
Cu
Cobre
Cassiterita
SnO2
Sn
Estanho
Hematita
Fe2O3
Fe
Ferro
Pirita
FeS2
S
Ácido sulfúrico
galena
PbS
Pb
chumbo
caulim
A2O3.SiO2

porcelanas
Pirolusita
MnO2
Mn
manganês

 No Brasil existem grandes quantidades de hematita localizadas em regiões estratégicas economicamente, como em Minas Gerais. Ela é o nosso minério de ferro. Dessa forma a calcopirita é, no Brasil, considerada minério de cobre e a pirita de enxofre.

Como a imensa maioria dos elementos não ocorre na forma nativa, o problema é reduzir a substância útil ao metal desejado. Em linhas gerais, o procedimento é o seguinte: se a substância útil for um óxido, a redução é feita com carvão ou CO(g) (monóxido de carbono gasoso); se for um sulfeto, usa-se a ustulação, que é a reação com O2 do ar quente. Na ustulação do sulfeto de metal mais nobre que o elemento hidrogênio obtém-se o metal e na do menos nobre, o óxido metálico. Veja abaixo as equações químicas da obtenção do ferro e da prata.

·         Obtenção do Ferro a partir da hematita

Fe2O3 (S) + 3CO         2Fe   +   3CO2

Óxido de ferro + 3monóxido de cabono → 2 ferro + 3 gás carbonico

·         Obtenção da prata a partir da argentita

Ag2S (S) + O2         2Ag   +   SO2

Sulfeto de prata + gás oxigênio → 2prata + dióxido de enxofre
 

Obs. Óxido é um composto que se forma quando um elemento se liga ao ânion óxido (O2-)

sulfeto é um composto que se forma quando um elemento se liga ao ânion sulfeto ( S2-)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Anvisa proíbe venda e fabricação de mamadeiras com bisfenol no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a proibição, em todo o Brasil, da venda e da fabricação de mamadeiras de plástico que contenham bisfenol A (BPA). A medida entra em vigor a partir de janeiro de 2012. O principal argumento da instituição é que estudos realizados com animais mostraram que o BPA pode causar problemas neurológicos, sobretudo em crianças expostas à substância química nos primeiros anos de vida.
O bisfenol A é uma substância química usada na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e de alimentos. Segundo pesquisas, pode provocar puberdade precoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo e no desenvolvimento hormonal, infertilidade, aborto e obesidade. Por conta disso, já foi proibido na União Europeia, no Canadá, na China, na Malásia e na Costa Rica. Onze estados americanos também já vetaram o BPA em mamadeiras e copos infantis.

Leia Mais em:

BISFENOL A E MAMADEIRAS


Química do Policarbonato


Plicarbonato: Poliéster com repetição das moléculas de Bisfenol A


Ver ainda: Filmes no You Tube - tem vários


Um Exemplo:

Verdade oculta Bisfenol A, tomar mamadeiras da câncer!! 

Extração de Carvão em uma mina de Criciúma

Reportagem da Rede Record mostrando a rotina de extração de carvão em criciúma






quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Combustão dos alcanos

       Os alcanos sofrem combustão, Isto é, queimam com muita facilidade. Quando acendemos um isqueiro comum (a gás butano, C4H10), a faísca provoca a reação do butano com o oxigênio do ar, resultando a chama característica:

2 C4H10  +  13 O2 8 CO2  +  10 H2O  +  calor

Reações semelhantes ocorrem quando acendemos um fogão a gás, quando “queimamos” gasolina para movimentar um automóvel, diesel para movimentar ônibus e caminhões etc. Note que, nesses casos, o “produto” principal que desejamos é o calor, isto é, a energia produzida pela reação.

Um destino mais nobre para os derivados de petróleo é sua transformação em produtos úteis como plásticos, tintas, corantes, etc. Até hoje, os derivados de petróleo são consumidos principalmente na combustão, a fim de produzir energia, o que causa o aumento da poluição atmosférica e do efeito estufa, devido ao CO2 resultante.

A reação de combustão é uma reação de oxirredução, na qual o alcano é o redutor (aqui chamado de combustível) e oxigênio do ar é oxidante (chamado de comburente). Provocada por uma chama ou faísca (que fornece a energia de ativação), a combustão é fácil, rápida e, ás vezes, violentamente explosiva. Essa facilidade é, em parte, justificada pela quantidade elevada de energia liberada na reação – fortemente isotérmica. Por exemplo:

                 2 C4H10  + 13 O2 → 8 CO2 + 10 H2O + 2.873,3 kj/mol

É interessante notar o que acontece quando, na mistura do alcano com o oxigênio ( ou com o ar), começa a escassear a quantidade de oxigênio (ou de ar). Acompanhe os três exemplos abaixo:

I.                    2 C4H10  + 13 O2   8 CO2  +  10 H2O

II.                  2 C4H10  +    9 O2       8 CO + 10 H2O


III.                2 C4H10  +    5 O2        8 C +   10 H2O

             Note que, de I par III, houve diminuição da quantidade de oxigênio consumido pela reação (13>9>5). Dizemos, por isso, que I é uma combustão total ou completa e produz CO2; já II e III são combustões parciais ou incompletas e produzem CO e C, respectivamente. Em um automóvel com o motor bem regulado, deve haver combustão total, com produção apenas de CO2. Quando o motor está desregulado (com entrada insuficiente de ar), a combustão tende a ser pacial, produzindo CO que é altamente tóxico e já causou muitas mortes em garagens mal ventiladas (o mesmo ocorre em banheiros fechados com aquecedores a gás). Em casos extremos, como acontece com ônibus e caminhões, a combustão é tão incompleta que o carbono formado torna-se visível ao sair pelo escapamento, sob forma de fumaça escura (fuligem).

        Por outro lado, devemos ressaltar que, em fábricas especializadas, a combustão parcial de alcanos é provocada intencionalmente, visando à produção de carbono, pois o carvão finamente dividido (conhecido como negro de fumo) é importante na fabricação de certas tintas, graxa para sapatos etc., e na composição da borracha para fabricação de pneus.

Fonte: Ricardo Feltre, 6ª. Ed.,volume 3. São Paulo. Moderna. 2004

domingo, 4 de setembro de 2011

As lâmpadas fluorescentes escondem um perigo: o mercúrio

  Elas seduzem o consumidor, porque consomem menos energia. São mais caras que as comuns, mas duram mais: em média, até três anos. O problema é que, depois de queimadas, o destino quase sempre é um só. Quarenta milhões de lâmpadas fluorescentes vão para o lixo, no país. Cada uma delas carrega, em média, dez miligramas de mercúrio, uma substância tóxica para nosso organismo. Individualmente é pouco. Mas somadas, as lâmpadas, quando são descartadas, jogam no ambiente quase meia tonelada de mercúrio por ano. A quantidade preocupa os especialistas. "É um dos principais poluentes ambientais, levando a doenças mentais, psiquiátricas e, em crianças pequenas, pode levar à má formação. Também pode provocar doenças renais graves", alerta o toxicologista Antony Wong. No Brasil, existem apenas sete empresas de reciclagem de lâmpadas. Elas só recebem volumes grandes, difíceis de se juntar em uma residência. "Nós não temos uma regulamentação hoje que seja federal, ou mesmo estadual, específica para lâmpadas", afirma Roberto Castañon, da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação. A cidade de Americana, no interior de São Paulo, saiu na frente. Há três anos, tem uma lei para regulamentar o descarte dessas lâmpadas. O consumidor leva o material para postos de coleta ou para a loja em que comprou o produto. A cada mês, o comerciante encaminha as lâmpadas para a recicladora e arca com parte dos custos. Hoje 73% das lâmpadas fluorescentes vendidas na cidade são recicladas. "O objetivo da cidade de Americana é conscientizar a população na reciclagem das lâmpadas", diz o secretário de Meio Ambiente de Americana , Alexandre Romano.



Fonte: Jornal Nacional, Edição do dia 15/11/2003

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dterminação do pH do solo com extrato de repolho roxo

Esse material foi desnvolvido pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR com os seguintes objetivos:



  • determinar o pH do solo em diferentes amostras;
  • observar os pHs ácido, básico e neutro;
  • discutir a importância do pH do solo para as atividades agrosilvipastoris bem como sua correção. 

Nesse trabalho eles utilizam o extrato de repolho-roxo como indicador, vinagre, fermento, sabão, água sanitária, veja, leite e sabonete para o preparo da escala de pH.
Veja mais em: Experimentoteca de Solos, pH do solo.


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Oxi, uma nova e devastadora droga se espalha pelo país

Ele é mais barato e agressivo do que o crack. E a ciência ainda tente entender seus efeitos no organismo



Desde a década de 1980, distante dos grandes centros brasileiros, o estado do Acre convive com a destruição produzida pelo oxi, uma mistura de pasta-base de cocaína, querosene e cal virgem mais devastadora do que o temível crack. A droga, vendida no formato de pedra, ao valor médio de 2 reais a unidade, vem se popularizando na região Norte e, agora, espalha sua chaga pelas cidades do Centro-Oeste e Sudeste. "Ela já chegou ao Piauí, à Paraíba, ao Maranhão, a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro", diz Álvaro Mendes, vice-presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos. Uma amostra da penetração da droga em São Paulo pôde ser vista na última quinta-feira, quando a Polícia deteve, na capital, um casal que carregava uma pedra de meio quilo de oxi.

Ao menos duas características da droga ajudam a explicar por que ela se espalha pelo país. A primeira é seu potencial alucinógeno. Assim como o crack, o oxi pode estimular em um usuário o dobro da euforia provocada pela cocaína. A segunda razão é seu preço. "O crack não é uma droga cara, mas o oxi é ainda mais barato", diz Philip Ribeiro, especialista em dependência química do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). "Quando surge uma droga mais poderosa, mais barata e fácil de produzir, a tendência é que ela se dissemine", diz Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Univesidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Isso ocorre especialmente porque não se criou no Brasil até agora um sistema eficaz de tratamento de dependentes."

O lado mais assustador do oxi talvez seja a carência de dados sobre seu alcance no território brasileiro. Quem se debruça sobre o assunto, avalia que a droga atinge todas as classes sociais. "Não há um perfil estabelecido de usuário: ela é usado tanto pelos estratos mais pobres quanto pelos mais ricos da população", diz Ana Cecília Marques, psiquiatra da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead).

Também faltam estudos científicos sobre sua ação sobre o ser humano. Por ora, sabe-se que, por causa da composição mais "suja", formada por elementos químicos agressivos, ela afeta o organismo mais rapidamente. A única pesquisa conhecida sobre a droga – conduzida por Álvaro Mendes, da Associação Brasileira de Redução de Danos, em parceria com o Ministério da Saúde – acompanhou cem pacientes que fumavam oxi. E chegou a uma terrível constatação: a droga matou um terço dos usuários no prazo de um ano.

Além, é claro, do risco de óbito no longo prazo, seu uso contínuo provoca reações intensas. São comuns vômito e diarreia, aparecimento de lesões precoces no sistema nervoso central e degeneração das funções hepáticas. "Solventes na composição da droga podem aumentar seu potencial cancerígeno", explica Ivan Mario Braun, psiquiatra e autor do livro Drogas: Perguntas e Respostas.

Por último, mas não menos importante, uma particularidade do oxi assusta os profissionais de saúde: a "fórmula" da droga varia de acordo com "receitas caseiras" de usuários. É possível, por exemplo, encontrar a presença de ingredientes como cimento, acetona, ácido sulfúrico, amônia e soda cáustica - muitos dos itens podem ser facilmente encontrados em lojas de material de construção. A variedade amplia os riscos à saúde e dificulta o tratamento.

Confira a seguir as informações conhecidas sobre o oxi e uma comparação dele com o crack:









Drogas devastadoras
Conheça a diferença entre o crack e o oxi
CRACK                                                                                                           OXI
Obtido a partir da mistura da pasta- base   
de coca ou cocaína refinada,
com bicarbonato de sódio e água
Composição


Mistura de pasta-base de coca ou cocaína refinada, gasolina (ou querosene) e cal virgem

40%
Concentração de cocaína

80%
Branca
Aparência
Branca -  tem mais cal virgem

Amarela –tem mais gasolina, causando vômito e diarréia.

Roxa – quando há proporção igual de gasolina e cal virgem

Efeitos no organismo
As duas drogas causam o dobro de euforia da cocaína Entre os efeitos colaterais estão o aumento da pressão arterial, alto risco de infarto e acidente vascular cerebral. A longo prazo o cérebro é afetado podendo sofrer perda da memória e diminuição da capacidade de concentração e de raciocínio


O efeito da droga passa mais rapidamente, por isso o potencial de causar dependência é maior.

Ao fumar o oxi, o usuário envia querosene e cal virgem para o pulmão. Essas substâncias extremamente tóxicas - podem provocar queimaduras e ainda levar o órgão à falência




Por que alimentos, cosméticos e medicamentos estragam?


Se o produto venceu, azedou ou coisa parecida, jogue fora!


Por que alimentos, cosméticos e medicamentos estragam?
Ilustração:: Mariana Massarani       

Você pega um creme para passar no corpo e repara que o prazo de validade – xiiiii – já era. Abre a panela do feijão que ficou fora da geladeira e sente um cheiro estranho. Tira o pão de forma de dentro do pacote e vê umas manchas verdes. Agora me diz: você tem coragem de usar esse creme, comer esse feijão ou fazer uma torrada com esse pão? Nem ouse! Ingerir ou fazer uso de produtos estragados ou com o prazo de validade vencido pode ser muito prejudicial à saúde.
Dizer que um produto está estragado ou vencido significa dizer que ele sofreu transformações que levaram à perda de suas funções, propriedades ou qualidades iniciais, o que pode ser perigoso! A química e a biologia nos ajudam a compreender por que isso acontece. Vejamos...
Quando os cremes – assim como outros cosméticos e também os medicamentos – são fabricados, os especialistas fazem estudos para indicar na embalagem por quanto tempo está garantida a ação que é esperada e desejada daquele produto. Produtos desse tipo quando vencidos não só perdem a ação esperada como apresentam outras mudanças indesejadas. Nos alimentos pode ocorrer a produção de toxinas prejudiciais à saúde, nos colírios e em outros medicamentos podem surgir colônias de microrganismos, os batons podem alterar o sabor e os cremes, seu aroma. Mudanças como estas são pistas que nos alertam para manter o olho vivo no prazo de validade!
Falando em pistas... Além do prazo de validade, indicado na embalagem quando o produto é industrializado, devemos respeitar, também, os nossos sentidos. Se nosso olhos percebem algo estranho (como o mofo no pão), nosso nariz reclama de algum cheiro esquisito (como o do feijão estragado) ou nosso paladar detecta de imediato alguma coisa que os olhos ou o nariz deixam passar, jogue fora o alimento – ou a bebida – imediatamente. Eles perderam o valor nutricional e podem causar intoxicações graves.
Microrganismos, como bactérias e fungos, que estão pelo ar (até na nossa saliva) costumam ser os maiores responsáveis por estragar alimentos. O mofo que aparece no pão e nas frutas, por exemplo, é, na verdade, uma colônia de fungos. O doce que você abriu, comeu umas colheradas e guardou novamente na geladeira, pode azedar rapidinho por ter recebido algumas bactérias da sua saliva. O feijão e o arroz que estavam fresquinhos ontem, hoje podem apresentar uma aparência ou cheiro desagradável também por ação de algum desses microrganismos.
Bactérias e fungos se desenvolvem mais rapidamente onde há calor, umidade e pouca luz. Logo, a melhor maneira de evitá-los é conservar tudo em lugar limpo e arejado e, quando o produto for industrializado, em sua embalagem de origem bem fechada.
Recapitulando: atenção sempre para o prazo de validade e também para os seus sentidos!

http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/arquivo-chc-2011/225/por-que-alimentos-cosmeticos-e-medicamentos-estragam?searchterm=por+que+medicamentos

Plásticos do futuro

Eles se desintegram facilmente na natureza e podem ser feitos até de mandioca
Por: Cathia Abreu, Instituto Ciência Hoje/RJ
           
Este é o filme plástico feito com mandioca. (Fotos cedidas pelas pesquisadoras)

Já parou para pensar quantos objetos são feitos de plástico? Há brinquedos, copos, pratos, garrafas, mesas, cadeiras e tantos outros que é impossível listar todos. Apesar de útil, o plástico não é o melhor amigo da natureza. Feito de petróleo, ele demora muito tempo para se decompor, pode levar até 100 anos. Enquanto isso prejudica o meio ambiente. Atentos à importância desse material, mas também à quantidade de lixo que ele pode gerar, os cientistas estão produzindo plásticos a partir de matéria-prima biodegradável – isto é, que desaparece rapidamente na natureza. Esses novos plásticos podem ser reciclados e – acredite! – até mesmo ingeridos, sem fazer mal.

Um plástico feito de mandioca

Ele foi desenvolvido para servir de embalagem para alimentos como bombons, balas, sanduíches e biscoitos, podendo até ser mastigado junto com o produto. É, esse plástico você pode comer! Isso porque ele é feito a partir da mandioca.

Para produzi-lo, amido da mandioca, açúcares e outros componentes são misturados com água. Esse mingau é então aquecido, espalhado em placas e colocado em estufa para secar. O resultado é um plástico bem fininho, chamado de filme.

Foi a engenheira de alimentos Pricila Veiga dos Santos, da Universidade Estadual de Campinas, quem teve a idéia de criar um plástico desse tipo. “O Brasil é o segundo produtor mundial de mandioca. O plástico feito com este produto é biodegradável, o que ajudaria a reduzir o impacto ambiental causado pelas embalagens plásticas convencionais”, explica a engenheira química Cynthia Ditchfield, do Laboratório de Engenharia de Alimentos do Departamento de Engenharia Química da Universidade de São Paulo, que há um ano assumiu a pesquisa iniciada por Priscila.

Uma embalagem feita de plástico comum demora cerca de um século para se decompor, já a que é feita à base de mandioca e açúcares leva apenas alguns meses, reduzindo o impacto ambiental causado pelas embalagens atuais. O plástico de mandioca tem ainda outros encantos. De acordo com os ingredientes adicionados em sua receita, ele pode adquirir propriedades que ajudam na conservação dos alimentos ou mesmo mostrar quando eles estão estragados (leia os boxes Livre de micróbios e A cor da saúde ). Só não há ainda previsão de quando ele poderá chegar ao mercado.

Livre de micróbios
Se a receita do plástico de mandioca incluir cravo, canela, pimenta, café, óleo de laranja, mel ou própolis, a embalagem feita com esse material será capaz de retardar o crescimento de microrganismos que fazem o alimento estragar. Isso porque esses ingredientes combatem naturalmente os micróbios.

De plástico se faz plástico... biodegradável

O plástico comum leva até um século para desaparecer da natureza. Porém, cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e da Universidade da Região de Joinville, em Santa Catarina, criaram uma variação que se decompõe entre 45 dias e sete meses. A base desse novo plástico é plástico também, mais especificamente o de garrafas PET – aquelas usadas para embalar refrigerantes.

Os pesquisadores lavam e cortam as garrafas e, em seguida, colocam-nas, junto com substâncias biodegradáveis, em um equipamento chamado reator. “O reator é aquecido em alta temperatura e pressão e um novo plástico é produzido. Ele terá em sua estrutura partes do plástico PET e partes das substâncias biodegradáveis”, diz a química Ana Paula Testa Pezzin, da Universidade de Joinville, coordenadora de projeto.

As amostras de plástico são, então, enterradas no solo, para se observar o tempo que levam para se decompor. Comprovou-se que o plástico produzido se deteriora mais facilmente na natureza, graças à ação dos microrganismos. “Eles assimilam o plástico como alimento até que ele desaparece, deixando apenas resíduos, que são seguros e não tóxicos ao ambiente”, conta Ana Paula.


Veja (no alto) como ficou o plástico biodegradável após 45 dias enterrado no solo.

As pesquisas com o plástico biodegradável ainda estão em andamento. Mas o consumo das garrafas PET no mundo continua sendo de milhões de toneladas. Então, imagine todo esse lixo levando centenas de anos para desaparecer. É ou não é um problema a se resolver?

67978b.jpg A cor da saúde
Adicionando-se extrato de uva ou de repolho roxo à receita do plástico de mandioca, a embalagem feita com esse material pode revelar se o produto que ela contém está estragado. Isso porque a uva e o repolho roxo são alimentos ricos em pigmentos que mudam de cor com a acidez. E como a acidez de um alimento se altera quando ele estraga... A embalagem em contato com ele mudaria sua cor (veja a foto).

Cathia Abreu

Instituto Ciência Hoje/RJ.
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/fisica-e-quimica/plasticos-do-futuro/?searchterm=química para um mundo melhor