sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Você sabia que a transformação dos alimentos é química pura?

Saiba por que nossa cozinha pode ser considerada um laboratório

Por: Joab Trajano Silva, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Publicado em 03/08/2011 | Atualizado em 04/08/2011
Você sabia que a transformação dos alimentos é química pura?
Ilustração: Mario Bag

Nós fritamos, cozinhamos, assamos, grelhamos... E eles amolecem, endurecem, estufam e até (ploft!) explodem! Sim, estamos falando dos alimentos. Ao entrar na cozinha, boa parte deles parece passar por uma completa metamorfose. Essas transformações, acredite você, são pura química.
Pense na pipoca. A receita é fácil: óleo e milho na panela. Tudo no fogo por alguns minutos e ploc, ploc, ploc! O milho estoura transformando-se naquela gostosura que você bem conhece. Como isso aconteceu? O aquecimento produz alterações na estrutura da casca do milho, impedindo que o vapor d’água que se forma lá dentro escape. Sob pressão, o miolo do milho é transformado em um gel. Quando a pressão aumenta acima de um determinado limite, a pipoca estoura por causa da ruptura da casca. Neste processo, o vapor d’água superaquecido e o miolo em forma de gel se expandem e, rapidamente, se resfriam. O que temos então? A pipoca! Uma transformação química gostooooosa...
O bolo é outro clássico da química na cozinha. Basta misturar muito bem, na ordem correta: ovos, açúcar, manteiga, farinha de trigo, leite e uma colher de fermento. Após alguns minutos no forno, aquela massa molenga vira uma delícia fofinha. O segredo desta espantosa transformação está no fermento adicionado à receita. A partir do momento em que ele entra em contato com a umidade da massa, começa a liberar gás carbônico, formando pequenas bolhas que ficam aprisionadas na mistura. Durante o aquecimento, mais gás carbônico é liberado e as bolhas se expandem, fazendo o bolo crescer e crescer cada vez mais. Enquanto isso, a água da mistura evapora. O resultado: outra delícia!
Temos também o misterioso caso do macarrão. Tradicionalmente ele é feito com um tipo especial de trigo, diferente do que é utilizado para fazer bolo porque contém mais proteínas. Quando cozido em água fervente, a massa, isto é, o macarrão absorve a água quente, mas não se desfaz totalmente por causa das proteínas. Um outro componente da massa, o amido, a faz ficar macia.
Assim como a pipoca, o bolo e o macarrão, outros alimentos se modificam. Isso quer dizer que a cozinha da sua casa é um laboratório de química, pode acreditar!

Dicas do Professor

Este pequeno artigo é extremamente curioso por nos levar a reconhecer que em toda casa há um laboratório de química. Sim, a cozinha pode ser considerada palco de grandes experimentos químicos, se levarmos em conta as transformações que ocorrem com os alimentos.

Depois de ler o artigo com seus alunos, proponha a realização de uma receita simples e saborosa, mas com fins de pesquisa: fazer uma gelatina. Eles podem escolher os sabores de sua preferência e seguir as instruções de preparo que estão na embalagem do produto. A diferença será o olha que terão sobre as etapas do processo. Veja:
  • vão perceber que um pó (gelatina) se dissolve completamente colorindo um líquido (água);
  • vão perceber que o líquido, depois de certo tempo na geladeira, adquire consistência sólida;
  • vão´perceber que se esse sólido for deixado fora da geladeira, torna-se líquido novamente, mas que esse líquido jamais volta a ser pó.
Voê não deve apresentar a els estes tópicos, apnas deve conduzir o experimento de forma que eles elaborem suas próprias observações, suas conclusões e tentem formular suas hipóteses sobre o que aconteceu.
Depois desse trabalho, o qu acham de convidar o professor de uímica para provar da gelatina e explicar o fenômeno químico envolvido na receita? Será que a tuma chegou perto da explicação?
     
     
     
 

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