quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MINÉRIOS

Os minerais são sólidos de composição definida e são geralmente formados por um composto químico. O granito, por exemplo, é uma rocha formada por três minerais: quartzo, feldspato e mica. A mica branca é um mineral que permite boa clivagem e é usada como isolante elétrico. A mica preta é comum nos granitos.

Os minerais que permitem um bom aproveitamento econômico recebem o nome particular de minérios. (Lembo, p. 200)

O minério é formado da substância útil (da qual se extrai o elemento) e da ganga (o resto da mistura).


Minério industial
Substância útil
Elemento
Produto
Bauxita
A2O3
A
Alumínio
Calcário
CaCO3
Ca
Cimento, cal
Calcopirita
CuS.FeS
Cu
Cobre
Cassiterita
SnO2
Sn
Estanho
Hematita
Fe2O3
Fe
Ferro
Pirita
FeS2
S
Ácido sulfúrico
galena
PbS
Pb
chumbo
caulim
A2O3.SiO2

porcelanas
Pirolusita
MnO2
Mn
manganês

 No Brasil existem grandes quantidades de hematita localizadas em regiões estratégicas economicamente, como em Minas Gerais. Ela é o nosso minério de ferro. Dessa forma a calcopirita é, no Brasil, considerada minério de cobre e a pirita de enxofre.

Como a imensa maioria dos elementos não ocorre na forma nativa, o problema é reduzir a substância útil ao metal desejado. Em linhas gerais, o procedimento é o seguinte: se a substância útil for um óxido, a redução é feita com carvão ou CO(g) (monóxido de carbono gasoso); se for um sulfeto, usa-se a ustulação, que é a reação com O2 do ar quente. Na ustulação do sulfeto de metal mais nobre que o elemento hidrogênio obtém-se o metal e na do menos nobre, o óxido metálico. Veja abaixo as equações químicas da obtenção do ferro e da prata.

·         Obtenção do Ferro a partir da hematita

Fe2O3 (S) + 3CO         2Fe   +   3CO2

Óxido de ferro + 3monóxido de cabono → 2 ferro + 3 gás carbonico

·         Obtenção da prata a partir da argentita

Ag2S (S) + O2         2Ag   +   SO2

Sulfeto de prata + gás oxigênio → 2prata + dióxido de enxofre
 

Obs. Óxido é um composto que se forma quando um elemento se liga ao ânion óxido (O2-)

sulfeto é um composto que se forma quando um elemento se liga ao ânion sulfeto ( S2-)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Anvisa proíbe venda e fabricação de mamadeiras com bisfenol no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a proibição, em todo o Brasil, da venda e da fabricação de mamadeiras de plástico que contenham bisfenol A (BPA). A medida entra em vigor a partir de janeiro de 2012. O principal argumento da instituição é que estudos realizados com animais mostraram que o BPA pode causar problemas neurológicos, sobretudo em crianças expostas à substância química nos primeiros anos de vida.
O bisfenol A é uma substância química usada na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e de alimentos. Segundo pesquisas, pode provocar puberdade precoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo e no desenvolvimento hormonal, infertilidade, aborto e obesidade. Por conta disso, já foi proibido na União Europeia, no Canadá, na China, na Malásia e na Costa Rica. Onze estados americanos também já vetaram o BPA em mamadeiras e copos infantis.

Leia Mais em:

BISFENOL A E MAMADEIRAS


Química do Policarbonato


Plicarbonato: Poliéster com repetição das moléculas de Bisfenol A


Ver ainda: Filmes no You Tube - tem vários


Um Exemplo:

Verdade oculta Bisfenol A, tomar mamadeiras da câncer!! 

Extração de Carvão em uma mina de Criciúma

Reportagem da Rede Record mostrando a rotina de extração de carvão em criciúma






quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Combustão dos alcanos

       Os alcanos sofrem combustão, Isto é, queimam com muita facilidade. Quando acendemos um isqueiro comum (a gás butano, C4H10), a faísca provoca a reação do butano com o oxigênio do ar, resultando a chama característica:

2 C4H10  +  13 O2 8 CO2  +  10 H2O  +  calor

Reações semelhantes ocorrem quando acendemos um fogão a gás, quando “queimamos” gasolina para movimentar um automóvel, diesel para movimentar ônibus e caminhões etc. Note que, nesses casos, o “produto” principal que desejamos é o calor, isto é, a energia produzida pela reação.

Um destino mais nobre para os derivados de petróleo é sua transformação em produtos úteis como plásticos, tintas, corantes, etc. Até hoje, os derivados de petróleo são consumidos principalmente na combustão, a fim de produzir energia, o que causa o aumento da poluição atmosférica e do efeito estufa, devido ao CO2 resultante.

A reação de combustão é uma reação de oxirredução, na qual o alcano é o redutor (aqui chamado de combustível) e oxigênio do ar é oxidante (chamado de comburente). Provocada por uma chama ou faísca (que fornece a energia de ativação), a combustão é fácil, rápida e, ás vezes, violentamente explosiva. Essa facilidade é, em parte, justificada pela quantidade elevada de energia liberada na reação – fortemente isotérmica. Por exemplo:

                 2 C4H10  + 13 O2 → 8 CO2 + 10 H2O + 2.873,3 kj/mol

É interessante notar o que acontece quando, na mistura do alcano com o oxigênio ( ou com o ar), começa a escassear a quantidade de oxigênio (ou de ar). Acompanhe os três exemplos abaixo:

I.                    2 C4H10  + 13 O2   8 CO2  +  10 H2O

II.                  2 C4H10  +    9 O2       8 CO + 10 H2O


III.                2 C4H10  +    5 O2        8 C +   10 H2O

             Note que, de I par III, houve diminuição da quantidade de oxigênio consumido pela reação (13>9>5). Dizemos, por isso, que I é uma combustão total ou completa e produz CO2; já II e III são combustões parciais ou incompletas e produzem CO e C, respectivamente. Em um automóvel com o motor bem regulado, deve haver combustão total, com produção apenas de CO2. Quando o motor está desregulado (com entrada insuficiente de ar), a combustão tende a ser pacial, produzindo CO que é altamente tóxico e já causou muitas mortes em garagens mal ventiladas (o mesmo ocorre em banheiros fechados com aquecedores a gás). Em casos extremos, como acontece com ônibus e caminhões, a combustão é tão incompleta que o carbono formado torna-se visível ao sair pelo escapamento, sob forma de fumaça escura (fuligem).

        Por outro lado, devemos ressaltar que, em fábricas especializadas, a combustão parcial de alcanos é provocada intencionalmente, visando à produção de carbono, pois o carvão finamente dividido (conhecido como negro de fumo) é importante na fabricação de certas tintas, graxa para sapatos etc., e na composição da borracha para fabricação de pneus.

Fonte: Ricardo Feltre, 6ª. Ed.,volume 3. São Paulo. Moderna. 2004

domingo, 4 de setembro de 2011

As lâmpadas fluorescentes escondem um perigo: o mercúrio

  Elas seduzem o consumidor, porque consomem menos energia. São mais caras que as comuns, mas duram mais: em média, até três anos. O problema é que, depois de queimadas, o destino quase sempre é um só. Quarenta milhões de lâmpadas fluorescentes vão para o lixo, no país. Cada uma delas carrega, em média, dez miligramas de mercúrio, uma substância tóxica para nosso organismo. Individualmente é pouco. Mas somadas, as lâmpadas, quando são descartadas, jogam no ambiente quase meia tonelada de mercúrio por ano. A quantidade preocupa os especialistas. "É um dos principais poluentes ambientais, levando a doenças mentais, psiquiátricas e, em crianças pequenas, pode levar à má formação. Também pode provocar doenças renais graves", alerta o toxicologista Antony Wong. No Brasil, existem apenas sete empresas de reciclagem de lâmpadas. Elas só recebem volumes grandes, difíceis de se juntar em uma residência. "Nós não temos uma regulamentação hoje que seja federal, ou mesmo estadual, específica para lâmpadas", afirma Roberto Castañon, da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação. A cidade de Americana, no interior de São Paulo, saiu na frente. Há três anos, tem uma lei para regulamentar o descarte dessas lâmpadas. O consumidor leva o material para postos de coleta ou para a loja em que comprou o produto. A cada mês, o comerciante encaminha as lâmpadas para a recicladora e arca com parte dos custos. Hoje 73% das lâmpadas fluorescentes vendidas na cidade são recicladas. "O objetivo da cidade de Americana é conscientizar a população na reciclagem das lâmpadas", diz o secretário de Meio Ambiente de Americana , Alexandre Romano.



Fonte: Jornal Nacional, Edição do dia 15/11/2003